Megaoperação contra pornografia infantil busca suspeitos em 24 estados
Ação colocou nas ruas 2.600 policiais civis; cem investigados foram presos
SÃO PAULO Policiais civis de 24 estados e Distrito Federal cumprem nesta quinta-feira (17) 578 mandados de busca e apreensão contra suspeitos investigados por disseminar conteúdo de pornografia infantil na internet.
A ação integra a segunda fase da operação Luz da Infância e é coordenada pelo Ministério Extraordinário da Segurança Pública, que está sob o comando do ministro Raul Jungmann.
Por volta das 8h40, cem suspeitos haviam sido presos em todo o país, segundo balanço parcial da pasta da segurança. Os mandados da operação são de busca e apreensão, mas quem for pego com material pornográfico é preso em flagrante.
Os suspeitos foram monitorados nos últimos quatro meses pela diretoria de inteligência da Secretaria Nacional de Segurança Pública com base em dados coletados em ambientes virtuais.
As informações obtidas foram, então, passadas para as polícias civis de todos os estados, que instauraram inquéritos e pediram à Justiça autorização para executar os mandados de busca e apreensão que vieram à tona nesta quinta.
Cerca de 2.600 agentes estão nas ruas. Os suspeitos detidos em flagrante estão sendo levados às delegacias de proteção à criança e crimes cibernéticos dos estados envolvidos.
Só em São Paulo, os agentes buscam cumprir 166 mandados.
PRIMEIRA FASE
Na primeira fase da megaoperação, realizada em outubro do ano passado, os agentes prenderam 112 suspeitos em 24 Estados, além do Distrito Federal – Amapá e Piauí não participaram na ação porque não tiveram tempo hábil de concluir as investigações.
No total, foram identificados mais de 151 mil arquivos com conteúdo de pedofilia –cenas de sexo explícito com a participação de crianças– que eram compartilhados entre os suspeitos.
A lei diz que apenas armazenar esse tipo de material já configura crime. Os suspeitos tanto armazenavam quanto compartilhavam esse material. Em alguns casos, também o produziam.