Em menos de cinco dias, outro adolescente morre no Case do Setor Vera Cruz, em Goiânia
Policiais da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios estão a caminho do local
Ivânia Cavalcanti
O interno Bruno Victor Vicente Alcântara de 18 anos foi encontrado morto, na manhã desta terça-feira (11), dentro do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case), na Rua Moisés Santana, no Conjunto Vera Cruz, em Goiânia. Os funcionários encontraram o corpo durante a troca de turno. Esta é a segunda morte no local em cinco dias. No dia 6, um adolescente de 15 anos foi morto pelo colega de alojamento.
O corpo estava no alojamento onde a vítima dormia e apresentava perfurações provocadas por um objeto perfurante. O suspeito foi identificado e é um colega de 17 anos, que cumpre medida por roubo. O titular da Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depai), Luiz Gonzaga Júnior, explicou que somente os dois dormiam no local e não há indícios de participação de terceiros na execução.
O delegado contou que o adolescente suspeito do crime disse que, nesta segunda-feira (10), Bruno teria contato que estuprou uma mulher fora do Case e isso o teria motivado. “Ainda não confirmamos se há algum procedimento investigativo relacionado a essa eventual vítima de crime sexual”, pontou.
Equipes da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH) e da Polícia Técnico-Científica estiveram no local e realizaram perícia. A segurança foi reforçada por policiais militares. A equipe do Grupo Executivo de Apoio à Criança e Adolescente também esteve na unidade, verificando o ocorrido.
Em nota, a Secretaria de Desenvolvimento Social informou que Bruno foi morto na madrugada desta terça-feira (11). Segundo as primeiras informações, a vítima teria sido enforcada e perfurada por uma chave de fenda pelo interno L.S.N.C de 17 anos na Ala II. Não há histórico de conflito entre eles.
O adolescente suspeito será encaminhado à Delegacia de Atos Infracionais (Depai), que também coordenará as investigações. O corpo de Bruno foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) da capital.
Fonte: Cidades/Jornal O Popular