Editorial O Popular: Família Acolhedora
Ainda que com atraso de nove anos, é de bom tom que Goiânia enfim se some aos esforços do programa Família Acolhedora. Trata-se de um processo há muito defendido pelas autoridades em favor de crianças e adolescentes à espera de adoção nos abrigos judiciais. Desde 2009, a União abriu a possibilidade para que famílias pudessem se cadastrar para receber jovens em situação de risco emergencial por até 18 meses, podendo ser prorrogado pelo Judiciário. Mas só agora, com a promulgação de uma lei municipal, a capital se integra ao sistema, informou reportagem na edição de ontem.
As famílias acolhedoras não se comprometem a assumir a criança como filho. São, na verdade, parceiras do sistema de atendimento e auxiliam na preparação para o retorno à família biológica ou para a adoção. O período de acolhimento é de seis meses, durante os quais a família recebe uma ajuda de custo de um salário mínimo por mês. Cada família abriga um jovem por vez, exceto quando se tratar de irmãos. A lei goianiense já em vigor permite imaginar um futuro com mais esperança para as cerca de 150 crianças que hoje podem ser atendidas pelo Família Acolhedora na capital.
Fonte: Jornal O Popular – 10/11/2018.